acolhida foi minha primeira proposta para a bolsa pampulha.
uma forma de descobrir a cidade através dos espaços íntimos, dos recortes pessoais de cada um.
a primeira etapa: reconhecimento do lugar.
durante esse período, continuei pesquisando tetos possíveis e impossíveis.
o desterro e a falta de casa fizeram com que eu procurasse por um imóvel desde que cheguei na cidade. e mesmo quando desisti de ocupar um fixo, continuei buscando.
somar as buscas: ir além do acolhida, minha experiência pessoal, e encontrar na cidade outras situações de procura por um lar.
passei a procurar prédios públicos vazios. o espaço público do meu interesse passou a ser o construído.
vazios não há, foi a resposta oficial.
procurei então outros grupos, e fui apresentada ao síndico da ocupação navantino alves. um conflito em andamento no centro da cidade.
fiz então um projeto para este local, o obra de permeabilização do muro.
mas ele ficou enroscado num emaranhado de autorizações impossíveis de se conseguir em poucas semanas. este assunto não cai bem nas comemorações do aniversário da cidade?
pois eu acredito que seria um belo presente pensar que uma aproximação, um toque e uma escuta atenta sobre uma superfície áspera poderiam torná-la porosa.
talvez? agora não saberemos.
trabalho suspenso. outro capítulo sem fim.
Gostei do seu Blog! Original.