
acolhida é um projeto para a edição de 2008 da bolsa pampulha.
é um modo de estar na cidade de belo horizonte.
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Comentários
Valéria em na av. alfredo balena, em belo… | |
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Adriano em na av. alfredo balena, em belo… | |
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Maíra, parabéns pelo seu trabalho. Deu para sentir o vazio e a dificuldade enfrentada…
É difícil encarar a verdade, principalmente quando nós (povo brasileiro) temos a “fama” de ser o povo mais “solidário e acolhedor” do mundo.
Valeu pela sacudida e pelos questionamentos, em todos os aspectos.
Um grande beijo,
Fernanda
Que bom ter visto este teu blog. Gostei. Demorou!
Você sabe que eu fiquei quase 2 anos sem casa, vivendo em SP, no caso minha própria cidade. Motivo: separação e, daí, total falta de dinheiro. Foi bom mas tinha umas horas de desespero. Dormi por vezes no carro, querendo ficar sozinho, noites de pura agonia e loucura. Mas foram poucas, normalmente era bem recebido, estava entre amigos e eu tentava ser discreto e educado. Sabe, quando estava na casa, eu ajudava na louça, fazia sempre a minha cama e deixava o quarto ou a sala bem arrumada mas passava mesmo a maior parte do tempo fora. A primeira estadia em minha peregrinação, fiquei um mês na casa de um bom amigo. Fui expulso, amigavelmente mas expulso. O pior é que acho que teria feito o mesmo. Eu era prestativo mas podia ter sido mais discreto. Acho que eu estava um pouco perdido sem saber o que fazer e ficava muito na casa vendo a copa do mundo. Desta experiência tirei meu lema: “Visita é que nem peixe, depois de uma semana fede” (a frase não é minha mas eu a adotei…me falaram ela e ela ficou na minha cabeça). Depois, nunca mais fiquei mais de uma semana na casa das pessoas ( a não ser que eu estivesse cuidando dos gatos enquanto elas estavam viajando). Muitos insistiam: “Fica mais” e eu dizia “Não, visita é que nem peixe…” Várias vezes voltei para um novo período de estadia, fresquinho. Nunca mais fui expulso. Acho que eu poderia ter continuado assim mas arrumei uma casinha, a vida, e virei seu vizinho antes de você também começar a peregrinar.
Apareça em casa quando quiser.